segunda-feira, 23 de maio de 2011

Software Social


Entende-se por software social, todo o software que permita a interacção em grupo, este é normalmente menos generalista que o software normal, pois enquanto o primeiro permite a ligação de pessoas com o seu trabalho interior (pensamentos, sentimentos e opiniões) a segunda normalmente liga pessoas para o trabalho interior de um computador ou rede.

Boyd (em Owen e tal.2006) aprofunda mais esta definição especificando 3 tipos de suporte de interacção fornecido pelo software social: 1- Suporte para interacção convencional (Troca de mensagens em tempo real para a realização de um trabalho de equipa colaborativo); 2 – Suporte para feedback social (avaliação dos contributos dos outros, construindo assim uma reputação digital dos participantes); 3- Suporte para as redes sociais (gestão de relações pessoais dos participantes e ajuda no desenvolvimento de novas relações).

O software social estimula a aprendizagem colaborativa, o que faz com que as pessoas se filiem em grupos de aprendizagem de uma forma perfeitamente voluntária, tendo como única motivação interesses intrínsecos, pois o intuito é a partilha de informações e conhecimento, umas vezes dando e outras vezes recebendo, contribuído dessa forma para o sucesso do grupo.
Para ser considerado um software social, este deve promover a colaboração, formação e apoio/suporte de grupos. Anderson (2005) sugere que o software social é definido pelas actividades que suporta (possibilidade de reuniões e encontros; construção de comunidades; oferta de apoio personalizado e orientação na aprendizagem etc).

São exemplos de software social os serviços de Instant Messaging, fóruns de internet, blogs, wikis, jogos em rede multi-jogador etc.
É claro que a utilização do software social, apesar da sua enorme popularidade, também tem os seus críticos como o caso de Dvorak (2006) que chamou à utilização destes softwares sociais de experiências de imersão social “uma completa perda de tempo”, já que “ não há indícios de realidade e das suas consequências na vida real”.

O software social, permite-nos o estabelecimento de relações pessoais, profissionais e aquela que eu julgo mais importante a relação com o conhecimento. Na minha opinião, existem vantagens e desvantagens na sua utilização. Relativamente às vantagens, penso que o intercambio/partilha de experiencias, conhecimentos e opiniões nos ajuda a crescer enquanto seres humanos, uma vez que a nossa evolução se baseia na partilha de experiencias/conhecimentos, só desta forma podemos ser melhores. No que diz respeito às desvantagens, gostaria de destacar as informações erróneas e a protecção da privacidade. Para combater estas desvantagens temos que ser suficientemente fortes para não nos deixarmos manipular por informações erróneas e que nos levem a tomar rumos “duvidosos” e acima de tudo temos que aprendermos a proteger-nos (preservando a nossa privacidade), não fornecendo os nossos dados pessoais a terceiros…pois a Internet é um Mundo, e o Mundo pode ser belo e cruel ao mesmo tempo…

Internet


A internet é uma ferramenta bastante útil e prática, seja a sua utilização para fins de lazer ou de trabalho, pois permite ligar os participantes com a informação que aí existe, permitindo dessa forma a criação de um intercâmbio comunicacional enorme. Porém, também existem alguns problemas com a navegação, estrutura, interactividade e tempo gasto pelos utilizadores mais confusos/indisciplinados, algo que dificulta a utilidade da Internet.

Heinich, Molenda, Russell e Smaldino (1996) sugeriram que o poder da Internet está na sua capacidade de providenciar um crescimento rápido não só de ligações mas também de experiências multisensoriais, enquanto se mantém adaptada às necessidades individuais.
Esta capacidade de adaptação da internet, permite aos professores modificar conteúdos e adaptando os conteúdos pedagógicos às reais necessidades dos estudantes, algo que se apoia na colaboração e interacção entre professor-aluno, no entanto esta alteração torna a internet numa ferramenta deveras poderosa.

A falta de estrutura da internet é uma das suas principais fraquezas, o que poderá ocasionar nos seus utilizadores uma sensação de “perdido no ciberespaço”, não retirando da navegação todo o seu potencial, daí podermos afirmar que para se fazer uma utilização mais completa da internet, temos que dotar-nos de uma literacia capaz e destreza com o computador, algo que nem todos temos.

A internet dos nossos dias não tem muito a ver com os primórdios da Internet, nos dias de hoje. Como tudo na vida, as coisas evoluem, e a internet não foi excepção. A internet começou com uma versão Web 1.0 a qual era uma espécie de repositório, o que diminuía a interactividade e estabelecia uma apresentação unilateral da informação. Com a Web 2.0 surgiram as redes sociais e a geração de conteúdos pelo utilizador utilizando ferramentas como os wikis, blogs etc. Esta actualização da Web foi designada de web de escrita, pois permite aos utilizadores criar e circular os seus próprios materiais (Borland 2007). O futuro da Web passa por uma versão 3.0, a qual se designa por a web semântica e está prevista a sua aplicação em três áreas de desenvolvimento: 1- Alargamento do acesso à internet a milhões de utilizadores via dispositivos móveis; 2 – interesse crescente no potencial desta tecnologia potencialmente social; 3 – rotular a informação para que faça sentido às máquinas assim como as pessoas.

Nesta versão (Web 3.0) da web as máquinas conseguirão ler páginas web tanto quanto os humanos, fazendo com que a navegação seja mais prática e se encontre o que realmente procuramos, transformando assim a internet numa enorme base de dados.

Em suma, e dando a minha opinião, penso que a Internet foi uma das melhores criações do ser humano, pois permite que partilhemos o nosso conhecimento e aprofundemos esse mesmo conhecimento, é claro que tenho noção que a utilização da Internet tem os seus riscos porém, penso que existem mais vantagens do que desvantagens na sua utilização. Penso que a utilização no nosso país, ainda não é mais maciça devido ao facto de termos uma população algo envelhecida e esta população ter alguma aversão à Internet, devido ao facto de serem imigrantes digitais. No entanto penso que a utilização irá crescer nos próximos anos, pois existe no ser humano uma capacidade enorme de nos adaptarmos a novas realidades e isso irá fazer com que o ser humano evolua em perfeita harmonia com este novo parceiro – a Internet.